sexta-feira, 21 de maio de 2021

MULHERES OLÍMPICAS; MARIA LENK.

A natação está sempre relacionada a qualidade de vida, saúde e bem-estar, já que atividade física e saúde andam lado a lado. Essa relação se torna nítida ao buscarmos a biografia de ex-nadadadores profissionais, que mantiveram os hábitos de nadar mesmo após encerrarem a carreira. Maria Emma Hulga Lenk Ziger, foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um record mundial. Se tornou a principal nadadora brasileira e foi a única mulher do nosso país introduzida no Swimming Hall of Fame (salão da fama dedicado à esportistas). Quando se fala em natação moderna, ela é considerada a pioneira. Pois, foi a primeira mulher a usar o nado borboleta em competições. Ela introduziu esse tipo de nado quando participou da prova de nado peito nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 que ocorreu em Berlim. Uma mulher forte e revolucionária em seu esporte. Ela teve que lutar e se dedicar muito para chegar onde chegou. Começou a fazer natação depois de ter contraído uma pneumonia dupla, naquela época, não haviam piscinas à sua disposição, então, ela começou a nadar no rio Tietê (que não era poluído em 1925). Infelizmente não conseguiu ganhar medalhas olímpicas, mas, a sua história e seus feitos são muito mais valiosos que qualquer pódio. É uma brasileira que faz parte da história do esporte, revolucionando e quebrando paradigmas. Em 1942 ela deixou a carreira de atleta profissional e passou a lecionar educação física, na Escola Nacional de Educação Física, no Rio de Janeiro. Em agosto de 2000, Maria Lenk disputou, na Alemanha, o campeonato mundial de natação, em uma categoria especial para atletas entre 85 e 90 anos. Ela voltou da Alemanha com nada mais nada menos que 5 medalhas de ouro! Isso mostra toda a força de vontade e a vitalidade de nossa campeã. Passou três anos pesquisando sobre a relação entre longevidade e esporte, até que em 2003 lançou seu livro “Longevidade e Esporte”, onde relata seus estudos sobre os benefícios que trás a saúde ao longo da vida. Em 2007, Maria Lenk faleceu, vítima de uma parada cardiorrespiratória, após se exercitar pela manhã, no Flamengo, como fez por toda sua vida.

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