sábado, 8 de outubro de 2011

SÓCRATES, O CARA!

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira.
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Homenagem que os jogadores do Corinthians fizeram pro Dr. Sócrates.
Jogadores do Corinthians fazem uma Homenagem ao Socrates 04/12/2011

- Belém, 19 de fevereiro de 1954.
+ São Paulo, 04 de dezembro de 2011.
Sócretes, Dr. Sócrates, Magrão, como era conhecido.
Profissão: Médico e  Jogador de Futebol. Também atuou como técnico de futebol, articulista e comentarista esportivo. Era também era músico e, eventualmente, ator e produtor teatral.
Filho de Cearense. Seu pai era de messejana, trabalhava muito, autodidata. O dinheiro que lhe sobrava comprava de livros. Apaixonado pela literatura batizou seu filho de Sócrates. Aos dez anos assiste a uma cena que influenciaria na política : vê o pai queimando seus amados livros, logo após o golpe militar de 1964.
Mudaram para Ribeirão Preto-SP e ingressou na faculdade de Medicina e conciliou com sua carreira de Futebol. Não treinava muito, mas seu talento era impressionante. Criador do toque de calcanhar, com objetividade. Um artista da Bola. E aí foi alvo de grande clubes.

Carreira Futibolísitca:
Aos dezessete anos começou a jogar no Botafogo de Ribeirão Preto. O Doutor tornou-se profissional somente em 1974 e, em 1976, sagrou-se artilheiro do Paulistão, fazendo 15 gols. Era o que faltava para que se tornasse conhecido e despertasse o interesse dos clubes da capital.
Em 1978 chega ao Corinthians, . seus grandes companheiros de ataque nesse time seriam Palhinha e o amigo Casagrande. Sócrates passou a dedicar se mais ao futebol depois que se formou em medicina (1977). Sócrates vestiu a camisa do Timão em 302 partidas e marcou 116 gols, entre 1978 e 1984. Conquistou os títulos dos Paulistas de 1979, 1982 e 1983, e sempre foi admirado pelos colegas e torcedores. Logo em sua estréia, contra o Santos, o Doutor já deu sinais de sua liderança dentro do gramado. O Peixe saiu na frente e, com calma, Sócrates foi ao fundo do gol, pegou a bola e a conduziu até o círculo central enquanto ia conversando com cada um de seus companheiros. O Corinthians reagiu e o jogo terminou em 1 a 1.
Em 1979 estreiou na Seleção Brasileira num amistoso contra Paraguai. Com Sócrates em campo, a seleção venceu 41 vezes, empatou outras 17 e saiu derrotada em apenas cinco partidas. O meio-campista não conquistou nenhum título pelo Brasil, mas nem isso o impediu de ser considerado um dos grandes do futebol brasileiro.
 
Copa de 1982. Dizem que foi a melhor seleção de todos os tempos.

1 Waldir Peres • 2 Leandro • 3 Oscar • 4 Luizinho • 5 Toninho Cerezo • 6 Júnior • 7 Paulo Isidoro • 8 Sócrates • 9 Serginho • 10 Zico • 11 Éder • 12 Paulo Sérgio • 13 Edevaldo • 14 Juninho Fonseca • 15 Falcão • 16 Edinho • 17 Pedrinho • 18 Batista • 19 Renato • 20 Roberto Dinamite • 21 Dirceu • 22 Carlos • Treinador: Telê.

Democrácia Corintiana.
Liderado por Sócrates, Wladimir, foi instituído um sistema de autogestão, onde jogadores, comissão técnica e diretoria decidiam tudo no voto. As pautas eram as mais variadas: contratações, demissões, escalação, local da concentração, entre outras. Um aspecto importante era que todos os votos tinham peso igual, dos jogadores, dos funcionários, do presidente. A partir de 1984 começa a articulação para criar o Clube dos 13, onde a figura do presidente e sua cadeira no clube eram essenciais para o ingresso. Aliado a isso, o time amargou resultados ruins nas temporadas de 1984 e 85, e principalmente vendo clubes como Flamengo com gestão clássica se destacaram no cenário nacional. Logo depois, se consolidaria ainda o futebol moderno vindo da Europa e trazendo meios privados e gerenciais de gestão de clubes. Houve articulação para voltar ao movimento no final dos anos 80, mas agora sem força, face a "nova ordem do futebol mundial" que despontava com a FIFA, UEFA e a Copa do Mundo de 1990.
Em 1984 saiu do Brasil pra jogar na Fiorentina na Itália. Motivo não foi financeiro como na maioria, e sim questões políitcas. Quando a emenda constitucional Dante de Oliveira, que propunha a volta de eleições gerais e diretas no Brasil, não foi aprovada pelo Congresso Nacional, o Doutor ficou extremamente decepcionado. A partir disso, passou a ver com outros olhos a possibilidade de sair do país e, entre as propostas recebidas, concluiu que a melhor era a da Fiorentina, da Itália.
Depois de uma rápida e decepcionante passagem pelo Fiorentina, Sócrates retornou ao Brasil para encerrar a carreira aonde atuaria ainda no Flamengo, no Santos e no Botafogo de Ribeirão Preto.
CURIOSIDADE: Quando criança seu time de coração era o Santos.


Trajetória como Técnico:
Botafogo, LDU, Cabofriense, Seleção de Cuba.
Política e jornalismo.

Participou da campanha Diretas Já (1983- 1984). Era articulista da revista Carta Capital e do jornal Agora São Paulo e comentarista esportivo do programa Cartão Verde da TV Cultura.
Durante sua segunda internação, em 2011, Sócrates declarou que gostaria de trabalhar com o presidente venezuelano Hugo Chávez em projetos sociais ligados ao esporte.
Era articulista da revista Carta Capital e do jornal Agora São Paulo e comentarista esportivo do programa Cartão Verde da TV Cultura.

 Música e teatro

Em 1980, Sócrates gravou um LP de música sertaneja chamado Casa de Caboclo, pela gravadora RCA. Em 1982, participou das gravações do LP Aquarela, do cantor Toquinho.
Em 1983, Sócrates foi produtor, na peça Perfume de Camélia, com a atriz Maria Isabel de Lisandra.

 Televisão
Em 1979, Sócrates, juntamente com seu companheiro de seleção brasileira e amigo, Zico, teve participação especial na novela brasileira Feijão Maravilha, da Rede Globo.

Literatura.

Em 2002, Sócrates lançou em conjunto com o jornalista Ricardo Gozzi, pela Boitempo Editorial, o livro Democracia Corinthiana: A utopia em jogo.

 Cinema
Em 8 de dezembro de 2011 foi lançado oficialmente o documentário Ser Campeão é Detalhe sobre a Democracia Corinthiana.

 Medicina
Em 1992, inaugurou em Ribeirão Preto a Medicine Socrates Center, uma clínica médica destinada a atender profissionais de diversas modalidades esportivas e também pacientes comuns.
 
´Socrates comemorava seus gols de punho cerrado, como protesto por não concordar com as coisas que estavam acontecendo no Brasil.

Magrão faleceu no dia que o Timão seria campeão. Dia da ultima rodada, do melhor, mais equilobrado e emocionante campeonato brasileiro dos ultimos tempos.

Nação Corintiana o homenageou. 

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