sábado, 15 de maio de 2021

TAXONOMIA DE BLOOM.

“A Taxonomia de Bloom contribui para auxiliar os professores na definição daquilo que eles esperam que os alunos saibam, por meio de uma distribuição hierárquica de complexidade” BLOOM, 1983. A taxonomia de Bloom é compreendida como um sistema capaz de fazer um ordenamento e classificação do aprendizado dos alunos. Esse instrumento é resultado do trabalho de uma equipe mundidispilinar, liderada pelo psicólogo e pedagogo Benjamin S. Bloom, na década de 1950. O estudo classificou (por isso taxonomia) a aprendizagem em domínios cognitivos, afetivos e psicomotor. 1. O domínio cognitivo tinha como objetivo categorizar objetivos educacionais e era composto de seis categorias: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. 1.1 Conhecimento: Envolve reconhecer e lembrar de fatos, termos, conceitos básicos ou perguntas sem necessariamente entender o que elas querem dizer. 1.2 Compreensão: Abrange demonstrar um entendimento de fatos e ideias, organizando, comparando, traduzindo, interpretando, descrevendo ideias principais. 1.3 Aplicação: Inclui usar o conhecimento adquirido – resolução de problemas – em situações novas aplicando o que aprendeu. 1.4 Análise: Engloba examinar e dissecar a informação em partes, além de determinar como essas partes se relacionam; identificar motivos ou causas, fazer inferências e encontrar evidências para apoiar generalizações. 1.5 Síntese: Compreende construir uma estrutura ou caminho de elementos diversos. Também faz referência ao ato de juntar partes para formar um todo. 1.6 Avaliação: Envolve apresentar e defender opiniões, fazendo julgamento de valor sobre a informação, a validade das ideias ou qualidade do trabalho baseado em algum critério. 2. O domínio afetivo lida com nossos sentimentos e emoções, incluindo como enfrentamos o entusiasmo, rejeição, encorajamento e outros. Na taxonomia de Bloom, o domínio afetivo encoraja o estudante a não só receber, lembrar e entender a informação, como também a interagir com ela em uma forma pessoal e emocional. Ele é divido em cinco estágios: 2.1 Recepção: Capacidade de tomar consciência das próprias emoções e atitudes. 2.2 Resposta: Aluno participa ativamente no processo de aprendizagem, recebendo e reagindo a estímulos. 2.3 Avaliação: Representa a atribuição de valor à informações e fenômenos. 2.4 Organização: Comparar, relacionar e elaborar todas as informações aprendidas. 2.5 Caracterização: Neste nível é forjada uma crença particular que pode influenciar o comportamento do estudante. 3. Os objetivos do domínio psicomotor representam a mudança de comportamento. Refere-se à agilidade dos alunos em habilidades psicomotoras. Assim como o domínio afetivo também é dividido em cinco subáreas: 3.1 Percepção: O indivíduo toma consciência do mundo exterior pelos sentidos. 3.2 Predisposição: Está fisicamente, mentalmente e emocionalmente preparado. 3.3 Resposta guiada: Quando o aluno é guiado por professores com instruções para realizar tarefas. Aqui entra o processo de tutoria. 3.4 Resposta Mecânica: Processo automatizado que acontece devido à repetição do processo guiado. 3.5 Resposta completa e clara: Capacidade de realizar ações de forma clara e efetiva. Na Taxonomia podemos encontrar o nível de aprendizagem que estamos estimulando de acordo com o objetivo que definimos. Ou melhor: poder definir os objetivos de acordo com o nível de aprendizagem que você pretende estimular. A ideia da pirâmide é que, quanto mais alto é o objetivo, maior é a aprendizagem. Nível 1: MEMORIZAR– Na base da pirâmide os objetivos são para atividades que estimulam o MEMORIZAR, RECONHECER, IDENTIFICAR, DESCREVER. Os conhecidos “decorebas”. Nível 2: COMPREENDER – Estimulam a associação, demonstração, os atos de explicar, esquematizar, relacionar. Na minha visão, os alunos começam a perceberem sua luz, começando a perceber o conhecimento com a sua própria visão. Nível 3- APLICAR: Objetivos voltados a demonstrar, calcular, classificar, utilizar. O estudante começa a mostrar sua luz , unindo o conhecimento teórico com a prática. Nível 4 – . ANALISAR: Aqui começa- se a estimular comparações, atividades para investigar, integrar, categorizar, diferenciar. Os alunos começam a a reconhecer outras luzes e fazer comparações entre elas. Nível 5: AVALIAR. Objetivos voltados aos estímulos de selecionar , justificar, delimitar, defender. Na avaliação, o aluno começa a avaliar outras luzes para melhorar a sua. Nível 6 – CRIAR: Objetivos para criar, desenhar, produzir, idear, inventar. Na criação, o estudante está no topo da aprendizagem e passa a ser disseminador de sua própria luz. De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). A avaliação diagnóstica (analítica) é adequada para o inicio do o período letivo, pois permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. O professor tem como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada aluno, tendo como finalidade de constata os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de aprendizagem. A avaliação formativa (controladora) é aquela que tem como função controlar, devendo ser realizada durante todo o período letivo, com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos anteriomente. Esta função da avaliação visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem. A avaliação somativa (classificatória), tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.

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