sexta-feira, 21 de maio de 2021
MULHERES OLÍMPICAS; MARIA LENK.
A natação está sempre relacionada a qualidade de vida, saúde e bem-estar, já que atividade física e saúde andam lado a lado. Essa relação se torna nítida ao buscarmos a biografia de ex-nadadadores profissionais, que mantiveram os hábitos de nadar mesmo após encerrarem a carreira.
Maria Emma Hulga Lenk Ziger, foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um record mundial. Se tornou a principal nadadora brasileira e foi a única mulher do nosso país introduzida no Swimming Hall of Fame (salão da fama dedicado à esportistas).
Quando se fala em natação moderna, ela é considerada a pioneira. Pois, foi a primeira mulher a usar o nado borboleta em competições. Ela introduziu esse tipo de nado quando participou da prova de nado peito nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 que ocorreu em Berlim.
Uma mulher forte e revolucionária em seu esporte. Ela teve que lutar e se dedicar muito para chegar onde chegou. Começou a fazer natação depois de ter contraído uma pneumonia dupla, naquela época, não haviam piscinas à sua disposição, então, ela começou a nadar no rio Tietê (que não era poluído em 1925).
Infelizmente não conseguiu ganhar medalhas olímpicas, mas, a sua história e seus feitos são muito mais valiosos que qualquer pódio. É uma brasileira que faz parte da história do esporte, revolucionando e quebrando paradigmas.
Em 1942 ela deixou a carreira de atleta profissional e passou a lecionar educação física, na Escola Nacional de Educação Física, no Rio de Janeiro. Em agosto de 2000, Maria Lenk disputou, na Alemanha, o campeonato mundial de natação, em uma categoria especial para atletas entre 85 e 90 anos. Ela voltou da Alemanha com nada mais nada menos que 5 medalhas de ouro! Isso mostra toda a força de vontade e a vitalidade de nossa campeã.
Passou três anos pesquisando sobre a relação entre longevidade e esporte, até que em 2003 lançou seu livro “Longevidade e Esporte”, onde relata seus estudos sobre os benefícios que trás a saúde ao longo da vida.
Em 2007, Maria Lenk faleceu, vítima de uma parada cardiorrespiratória, após se exercitar pela manhã, no Flamengo, como fez por toda sua vida.
terça-feira, 18 de maio de 2021
WALLON.
Henry Wallon (1989) sustenta a teoria de estreito entrelaçamento entre afetividade e cognição, e traz uma nova forma de conceber a emotividade, a inteligência e a gênese humana. Para o autor, o que possibilita o acesso da criança ao mundo simbólico são as manifestações afetivas que vão intermediar suas relações com o mundo através dos adultos e declara que, “nutrir a inteligência no primeiro ano de vida é nutrir o afeto”. A relação que caracteriza o ensinar e o aprender transcorre a partir de vínculos entre as pessoas e inicia-se no âmbito familiar. A base desta relação vincular é afetiva, pois é através de uma forma de comunicação emocional que o bebê mobiliza o adulto, garantindo assim os cuidados que necessita. Portanto, é o vínculo afetivo estabelecido entre o adulto e a criança que sustenta a etapa inicial do processo de aprendizagem. Wallon explica que a emoção é social e epidêmica e a mãe é afetada pelo choro do bebê. A criança sobrevive graças à mobilização do outro pela emoção. A afetividade não é apenas uma das dimensões da pessoa: é também uma fase de desenvolvimento, a mais primitiva. A história da construção da pessoa se dará por uma sucessão pendular de movimentos dominantemente afetivos ou dominantemente cognitivos - não paralelos, mas integrados, isso significa que a afetividade depende, para evoluir, de conquistas realizadas no plano da inteligência. Para Wallon, a afetividade é fator fundamental na constituição do sujeito. É entendida como instrumento de sobrevivência do ser humano.
Brincar juntos reforça laços afetivos. É uma maneira de manifestar nosso amor à criança. A participação do adulto na brincadeira com a criança eleva o nível de interesse pelo enriquecimento que proporciona, pode também contribuir para os esclarecimentos de dúvidas referentes às regras das brincadeiras, estimulando assim os aspectos afetivos e cognitivos. A criança sente-se ao mesmo tempo prestigiada e desafiada quando o parceiro é um adulto e, este por sua vez pode levar a criança a fazer descobertas e a viver experiências que tornam o brincar mais estimulante e mais rico em aprendizado.
Henri Wallon inovou ao colocar a afetividade como um dos aspectos centrais do desenvolvimento. Explicou que o desenvolvimento infantil vai do sincretismo á categorização. Wallon não é autor de fácil leitura. Contemporâneo de Jean Piaget e Lev Vygotsky se dedicou a estudar o desenvolvimento infantil, tendo uma relação estreita com as teorias da educação. Analise as afirmativas sobre Henri Wallon:
I - Para Wallon, o termo afetividade se refere à capacidade do ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto por sensações internas como externas. É um dos conjuntos funcionais da pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento;
II Para Wallon a afetividade está sempre presente em todos os momentos, movimentos e circunstâncias de nossas ações, assim como o ato motor e a cognição. Ou seja, a sala de aula, a distribuição das carteiras e a organização do ambiente provocam nos alunos abraço ou repulsa;
III A criança, para Wallon é essencialmente cognitiva e aos poucos vai constituindo-se em um ser socioemocional;
IV Wallon utiliza o conceito de sincretismo infantil como principal característica do pensamento da criança: a ausência de diferenciação entre os elementos; as informações que ela recebe do meio, as experiências pessoais e as fantasias se misturam.
Está INCORRETA a alternativa:
A.
I
B.
II
C.
III
D.
IV
RESPOSTA C.
Jean Piaget, Vygotsky e Wallon, apesar de terem formação acadêmica diferentes da educação, pensavam o homem como um ser social. Assinale a alternativa que apresenta corretamente comparações corretas entre seus pensamentos.
A Piaget e Wallon focaram suas análises sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo do nascimento à adolescência. Vygotsky pensou o desenvolvimento e aprendizagem como algo que ocorre por toda vida
B Embora os três pensassem o homem como um ser social, Piaget privilegiava a interação social como condição ao desenvolvimento cognitivo (aprendizagem); Vygotsky, maturação biológica; Wallon, a afetividade
C Piaget pensa o social e suas influências sobre os indivíduos pela perspectiva ética; Vygotsky, pelas relações e afetividade; e Wallon, pela perspectiva cultural
D Vygotsky e Wallon viam o desenvolvimento de forma ordenada e universal, sendo que o meio complementar ao amadurecimento, pois se o meio mudasse, isso impactaria o desenvolvimento
E Para Piaget, o processo de pensamento é resultado do desenvolvimento do processo mental a partir da linguagem. Vygotsky e Wallon viam o pensamento como resultado dos esquemas e nas relações sistêmica com a sociedade
RESPOSTA D
PIAGET
Principal representante da psicologia da aprendizagem, que centra suas investigações nas estruturas cognitivas, Jean Piaget defendia a ideia de que o conhecimento não existe: aquilo a que se dá este nome é um conjunto de capacidades intelectuais hierarquicamente classificadas que requerem uma visão científica mais global. Tinha como objetivo estudar a evolução do pensamento da infância até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo. Pesquisador que desenvolveu muitas investigações, que constituíram a base do construtivismo, cujos resultados são utilizados por psicólogos e que receberam e recebem diversas interpretações e consequentes propostas didáticas. Piaget concebia a criança como um ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade.
Segundo sua teoria denominada "epistemologia genética", a partir do nascimento os seres humanos são submetidos a fases de desenvolvimento cognitivo, do qual ele descreveu quatro estágios de desenvolvimento: sensório, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal. Ele acreditava que essas etapas devem ser preenchidas de forma linear e do conhecimento foi construído pelo indivíduo através da ação e que, portanto, o meio ambiente e os conhecimentos inatos ou não influenciou nesta evolução. Seu trabalho foi em grande parte observacional e ele é creditado com o uso de termos como assimilação e acomodação.
Alguns conceitos-chave de sua teoria, tais como assimilação, acomodação e equilibração foram abordados ao longo do texto. O "núcleo duro" da teoria de Piaget está na assimilação, na acomodação e na equilibração, não nos famosos períodos de desenvolvimento mental.
Há em sua teoria, quatro períodos gerais de desenvolvimento cognitivo, a saber: o sensório-motor que vai do nascimento ao cerca de dois anos de idade, no qual a única referência comum e constante é o próprio corpo da criança, decorrendo daí um egocentrismo praticamente total; deste estágio, característico do recém-nascido, a criança evolui cognitivamente, passando por outros estágios, até que, no fim do período sensório-motor, começa a descentralizar as ações em relação ao próprio corpo e a considerá-lo como um objeto entre os demais. O próximo é o pré-operacional, que vai dos dois aos seis ou sete anos. Por meio da linguagem, dos símbolos e imagens mentais, inicia-se uma nova etapa do desenvolvimento mental da criança, na qual o pensamento começa a se organizar, embora ainda não reversível. Entre 7 e 8 anos assinala, em geral, o início do período operacional-concreto e se prolonga aos 11 ou 12 anos. Verifica-se uma descentração progressiva em relação à perspectiva egocêntrica que caracterizava a criança até então. operacional-formal; cada qual subdividido em estágios ou níveis.
Para Piaget, a assimilação é um termo que faz referência a uma parte do processo de adaptação do ser humano. Através da assimilação, as pessoas conseguem captar e obter novas informações e incorporá-las nas ideias já existentes dentro de seu psiquismo.
Nesse sentido, a assimilação é sempre subjetiva, na medida em que cada sujeito vai incorporar esta nova informação (objetivamente dada) de um jeito que será único e individual e que, de uma maneira ou outra, vai tender a concordar com as crenças existentes anteriormente.
Na teoria piagetiana, podemos notar dois modos básicos através dos quais os sujeitos podem se adaptar a novas experiências e, especialmente, à novas informações. A assimilação consiste na forma mais simples porque não exige uma grande nível de ajustamento ou mudança. Através da assimilação, cada pessoa pode encontrar e assimilar novas informações aos conhecimentos já adquiridos, em alguns casos revendo os conhecimentos passados e na memória, modificando-os e, em outros casos, apenas introjetando as novas informações.
Um exemplo de assimilação
Imagine que você conhece uma pessoa e se apaixona por ela. Durante todo o início do namoro, esta pessoa lhe parece totalmente especial e diferente, se comportando de forma educada, solícita, carinhosa, sempre demonstrando paciência e tranquilidade.
Em um dia, porém, você se espanta: esta pessoa – tão calma e paciente – fica extremamente irritada com o garçom que está servindo a mesa.
Esta irritação é uma nova informação para a sua concepção a respeito desta pessoa. Como você irá assimilar este comportamento tão diferente dos demais que ela vinha emitindo?
Bem, de um jeito ou de outro você vai ter que assimilar a nova informação, ou justificando a irritação como um mal dia ou introduzindo novas ideias sobre quem a pessoa é. Ela pode continuar sendo uma pessoa calma e paciente, porém, pode passar a ser vista como uma pessoa com ataques de humor ou variação de atitudes.
Nos dois casos, você terá assimilado a nova informação. De um jeito, você adapta a nova informação nos conhecimentos prévios e de outro você justifica, mas nos dois casos a nova informação é sim assimilada.
O outro modo básico de se adaptar às novas informações, para Piaget, é chamado de acomodação. Neste caso, há uma grande diferença. A nova informação não é apenas assimilada, ela transforma radicalmente o conhecimentos já adquiridos.
Se continuarmos usando o exemplo da pessoa calma e que fica irritada, inesperadamente, com o garçom, na acomodação toda a ideia a respeito da pessoa será mudada. Ela não será mais vista como uma pessoa calma, tranquila e paciente, mas como uma pessoa irritada.
Assim, na assimilação a nova informação é incorporada mas não muda as informações precedentes, enquanto que na acomodação as ideias antigas são mudadas ou substituídas pelas novas informações.
Os processos de assimilação e acomodação são muito importantes para compreendermos a teoria de Piaget a respeito da aprendizagem. A fim de facilitar a compreensão, podemos entender que estamos sempre assimilando novas ideias, novos pensamentos, novas informações, porém, na teoria piagetiana a assimilação não substitui as ideias antigas, apenas acrescenta novidades na cognição.
E na acomodação, temos que pensar que a nova informação estabelece uma nova estrutura, mudando totalmente as informações anteriores ou substituindo-as.
Segundo a teoria do desenvolvimento de Piaget, haveria períodos relacionados ao aparecimento de novas qualidades do pensamento, interferindo no desenvolvimento global.
Entre esses períodos estão:
A
Fases oral, anal e fálica.
B
Período sensório-motor, pré-operatório e operações formais.
C
Período sensório-motor e operações informais.
D
Período de latência, fase oral e sensório-motor.
E
Período pré-operatório, operações informais e período de latência.
Na década de 1920, Jean Piaget trabalhou com os testes padronizados de Alfred Binet e, durante sua aplicação em crianças e de acordo com a teoria que desenvolveu, o que lhe chamou mais a atenção foi:
A
A quantidade de erros e acertos de cada criança, avaliando o estágio de desenvolvimento e o ritmo de progressão cognitiva conforme os escores alcançados relacionando-os com fatores ambientais determinantes.
B
As respostas em si em detrimento da resposta correta, convencendo-se de que além de crianças e adultos pensarem de maneira diferente, crianças de diferentes idades têm métodos distintos de pensamento.
C
Os níveis de vivências culturais, interpessoais e individuais de cada criança revelados através dos testes e sua relação intrínseca com a qualidade do desenvolvimento cognitivo apresentado
D
As comparações entre as diferenças de acertos e, por consequência, dos níveis de inteligência entre crianças de idades diferentes, avaliando as mudanças cognitivas quantitativas.
São alguns conceitos-chave da teoria de Jean Piaget:
A
Refração, assimilação e finitude.
B
Anunciação, acomodação e emancipação.
C
Assimilação, acomodação e equilibração.
D
Equilibração, emancipação e expansão.
E
Conciliação, assimilação e retração.
De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios. Sendo assim, leia a descrição abaixo:
“Durante esse estágio, as crianças tomam-se mais conscientes dos eventos externos, assim como dos sentimentos dos outros. Eles se tomam menos egocêntricos e começam a entender que nem todos compartilham seus pensamentos, crenças ou sentimentos.’’
O estágio acima refere-se à:
A
Fase pré-operacional.
B
Estágio operacional concreto.
C
Estágio operacional formal.
D
Fase sensório-motora.
E
Nenhuma das alternativas acima.
NÃO é um dos estágios do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget:
A
Operatório Formal.
B
Pré-Operatório.
C
Operatório Analítico.
D
Nenhuma das alternativas.
segunda-feira, 17 de maio de 2021
VYGOTSKY.
Os seres humanos nascem “mergulhados na cultura”, e esta será uma das principais influências no desenvolvimento.
Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito como meio a partir de uma mediação.
O sujeito é interativo e adquire conhecimentos a partir de relações intra e i nterpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo de no mina do MEDIAÇÃO .
Vygotsky distinguiu dois tipos de elementos mediadores:
Instrumento é o elemento interposto entre o trabalhador e o objeto de seu trabalho ampliando as possibilidades de transformação da natureza.
A invenção e o uso dos signos co mo meios auxiliares pa ra solucionar
Signos: A invenção e o uso dos signos como meio auxiliares para solucionar um dado problema psicológico (lembrar, comparar coisas, relatar, escolher etc). São análogos à invenção dos instrumentos, só que agora no campo psicológico.
Vygotsky é um marxista e tenta desenvolver uma Psicologia com estas características”
• Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio
da interação social, o u seja, de sua interação com outros indivíduos e com o
meio.
• Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas
Ativamente, trocando experiência e ideias.
• A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas experiências e
conhecimentos.
• A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de
instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio
autor.
• Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o
indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.
• A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela interação
entre a linguagem e a ação.
• Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da
zona de desenvolvimento proximal (Z DP), que seria a distância existente
entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o
sujeito possui potencialidade para aprender, seu conhecimento potencial.
• Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o
conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o
potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
• O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o
aluno a tornar-se independente e estimule o conhecimento potencial, de
modo a criar uma nova ZDP a todo o momento.
• O professor pode faze r isso estimulando o trabalho com grupos e utilizando
técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de
solidão do aluno.
• Mas este professor também deve estar atento para permitir que este aluno
construa seu conhecimento e m grupo com participação ativa e a cooperação
de todos os envolvidos
• Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação,
colaboração e constantes desafios.
• Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de ideias, como os modelos atuais de fóruns e chats
A psicologia histórico-cultural, nascida e desenvolvida no interior da revolução, estava comprometida com as soluções dos problemas que se apresentavam no momento em questão, problemas esses que se referiam à construção de uma nova sociedade (socialista) e de um novo homem, formado com base nos valores dessa nova sociedade. A tarefa que se apresentava, prioritariamente, para a psicologia soviética era a de buscar uma nova reflexão científica sobre a natureza do psiquismo humano, reflexão essa que considerasse o homem como um ser eminentemente:
A
Contemporâneo.
B
Racional.
C
Emocional.
D
Histórico.
“De acordo com a psicologia histórico-cultural, a aprendizagem não deve orientar-se pelas demandas espontâneas do sujeito e nem deve manter-se à espera de uma maturidade biológica que possibilite aprender. Ao contrário, o ensino deve tomar como ponto de partida a zona de desenvolvimento próximo e transformá-la em desenvolvimento real, qualificando a aprendizagem como aquela que vai possibilitar a efetivação das funções psicológicas superiores como funções internalizadas, ou seja, funções intrapsíquicas que assim se constituíram a partir de funções interpsíquicas.”
(Vigotski, Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 10.ed. São Paulo: Ícone, 2006. p.103-17. 2006, p.114).
O texto apresenta uma elaboração teórica de Vigotski. A leitura atenta autoriza concluir que o conceito de bom ensino é aquele que
A
espera a maturação biológica.
B
se antecipa ao desenvolvimento.
C
respeita as demandas espontâneas.
D
controla o desenvolvimento intrapsíquico.
E
foca nas funções psicológicas superiores.
O processo de aprendizagem foi sendo ressignificado no contexto educacional. O ensino necessitou de novas abordagens, no sentido de formação de sujeitos partícipes na construção de conhecimentos. As teorias de aprendizagem contribuem para as reflexões dos processos de ensino e aprendizagem, e, enquanto professores, precisa-se compreender as correntes teóricas para efetivar a aprendizagem qualitativa. A teoria sócio-cultural, que dentre os teóricos se destaca Lev S. Vygotsky, tem como um dos seus preceitos a mediação. A mediação, para Vygotsky, é definida como:
A
O momento exato em que o adulto/professor intervém na aprendizagem da criança. Pode também ser um colega da sala.
B
O conjunto de instrumentos utilizados para facilitar as aprendizagens. O professor precisa ficar atento às estruturas semióticas e proporcionar os signos adequados para a efetivação da construção dos conhecimentos.
C
O emprego de instrumentos e signos que representa a unidade essencial de construção da consciência humana, entendida como contato social consigo mesmo e, por isso, constituída de uma estrutura semiótica (estrutura de signos) com origem na cultura.
D
Situações de produções culturais, tanto coletivas quanto individuais. A importância da mediação do professor nesses momentos de produções culturais é essencial, pois o contato social com as diferentes culturas, representa a estrutura dos signos e significados.
CONSELHO PEDAGÓGICO.
Conselho pedagógico é como o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa do agrupamento de escolas, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.
Ele tem como competência:
1. Elaborar a proposta de projeto educativo a submeter pelo Diretor ao Conselho Geral;
2. Apresentar propostas para a elaboração do regulamento interno e dos planos anual e plurianual de atividades e emitir parecer sobre os respetivos projetos;
3. Emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;
4. Apresentar propostas e emitir parecer sobre a elaboração do plano de formação e de atualização do pessoal docente e não docente;
5. Definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e vocacional, do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;
6. Propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de conteúdo regional e local, bem como as respetivas estruturas programáticas;
7. Definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;
8. Adotar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares;
9. Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, no âmbito do Agrupamento de escolas ou escola não agrupada e em articulação com instituições ou estabelecimentos do ensino superior vocacionados para a formação e a investigação;
10. Promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural;
11. Definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários e dar opinião sobre a constituição das turmas e a distribuição do serviço docente;
12. Definir os requisitos para a contratação de pessoal docente e não docente, de acordo com o disposto na legislação aplicável;
13. Autorizar propostas de atividades não integradas no plano anual de atividades do Agrupamento à data de aprovação deste;
14. Determinar a realização de reuniões intercalares de conselho de turma;
15. Aprovar, no início do ano letivo, os critérios de avaliação para cada ano de escolaridade, de acordo com as orientações do currículo nacional e sob proposta dos departamentos curriculares;
16. Aprovar os programas educativos individuais dos alunos com necessidades educativas especiais e os relatórios referentes à sua aplicação;
17. Aprovar as matrizes das provas de equivalência à frequência e das provas extraordinárias de avaliação.
O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral ou do diretor o justifique.
Nas reuniões plenárias ou de comissões especializadas, designadamente quando a ordem de trabalhos verse sobre as matérias e podem participar, sem direito a voto, a convite do presidente do conselho pedagógico, representantes do pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação e dos alunos.
CONSELHO ESCOLAR.
O conselho de escola é formado por professores, alunos, equipe pedagógica e pais de alunos. Ele é o responsável pelas decisões tomadas em benefício da escola, como pintura, organização, eventos, implementação de projetos, reformulação de políticas e o que mais precisar ser resolvido ou mudado. Mas será que a sua escola sabe fazer bom uso desse conselho? Pena que nem tudo é como deveria ser, o conselho, por exemplo, deveria servir como reflexão das ações e não como forma punitiva e muitas vezes de poder.
Mais alguns esclarecimentos sobre o Conselho de escola: Precisa contar com, no mínimo 20 e, no máximo, 40 participantes. O presidente do conselho deve ser o diretor da escola e o número de componentes tem de ser proporcional ao número de classes. Pais de alunos podem – e devem – tomar parte nessas decisões.
Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas públicas.
CONSELHO DE CLASSE.
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar.
É o momento em que professores, equipe pedagógica e direção se reúnem para discutir, avaliar as ações educacionais e indicar alternativas que busquem garantir a efetivação do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Em algumas ocasiões, a ideia é simplesmente aprovar ou reprová-los diante dos resultados apresentados por eles no decorrer do ano. Outras vezes, a equipe pedagógica observa as disciplinas nas quais os estudantes apresentam mais dificuldade e formula aulas extras, diferentes programas de ensino ou metas a serem atingidas até o fim do ano letivo.
É um dos momentos mais importantes no fomento dessa coesão entre os professores e a equipe pedagógica. No entanto, por falta de informação e organização, muitas escolas acabam não aproveitando tão bem essa oportunidade, limitando-se a discussões pouco produtivas ou mesmo gerando mais conflitos do que soluções.
Compete ao conselho de classe:
• Avaliar e analisar o aprendizado dos estudantes (seja um a um ou como um todo);
• Examinar o desempenho dos docentes em relação a cada turma;
• Determinar, sempre que possível, a eficácia das estratégias já empregadas;
• Verificar a adequação de cada turma e disciplina à grade curricular proposta.
O conselho não tem como objetivo penalizar quem tem tido dificuldade em alcançar seus objetivos. Contudo, ele visa a abrir espaço para que as causas de qualquer tipo de desafio sejam levantadas, analisadas da maneira mais imparcial possível e solucionadas com o apoio de todo o time.
Os principais objetivos de um conselho de classe.
• Procurar entender as possíveis razões do mau desempenho de um aluno ou de uma turma, sem atribuir essa causa a um “culpado”;
• Promover o trabalho em equipe não competitivo entre os docentes e coordenadores, estimulando a troca de ideias e o bom relacionamento entre todos;
• Levantar possíveis soluções para problemas (relacionados a estudantes específicos ou a turmas inteiras), sem desconsiderar o contexto familiar e psicológico por trás de resultados negativos;
• Fomentar a autoavaliação constante entre todos os profissionais;
• Elaborar novas estratégias (ou aprimorar as já existentes) para atingir resultados melhores e/ou manter o bom desempenho geral no futuro.
domingo, 16 de maio de 2021
A EDUCAÇÃO ESTÁ AGONIZANDO.
Mais uma lambança do Governo Bolsonaro. Dessa vez envolve o corte de 1,4 bilhão das universidades públicas que vão reduzir serviços e estrutura. O orçamento prevê uma redução de recursos na Educação e mais dinheiro para Defesa.
O Ministério da Educação (MEC) poderá ter um corte de 18,2% no orçamento de 2021 em relação ao ano atual. A redução representa que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve deixar de destinar aproximadamente R$ 4,2 bilhões a escolas públicas, universidades federais e institutos federais de todo o país.
Mas um dado que também vem chamando a atenção até de parlamentares mais liberais no Congresso Nacional é que a proposta do governo federal, que deve ser enviada pelo Palácio do Planalto até o próximo dia 31 para ser votada, destina mais recursos ao Ministério da Defesa que à Educação. A estimativa é de que o MEC tenha 5,6 bilhões a menos que a Defesa, que terá orçamento de R$ 111 bilhões.
Ao ser questionado por jornalistas na última terça-feira (18), na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), disse que "não faz sentido nem do ponto de vista político" que o MEC receba menos recursos que a Defesa. Outro ponto é que os recursos destinados a realização do Censo podem ser remanejados para viabilizar o incremento de recursos da Defesa - cerca de R$ 2 bilhões, o que impossibilitaria a realização da pesquisa, também adiada em 2019.
"As universidades públicas são multiplicadoras de empregos. Quando o governo corta verba da universidade, ela deixa de contratar a empresa de vigilância, a empresa de higiene e manutenção, entre outros serviços. E a empresa, que perdeu esses contratos, tem queda de demanda e demite seus funcionários. Sem salários, esses desempregados deixam de consumir e isso provoca o que chamamos de efeito multiplicador negativo"
Em meio à pandemia, fica ainda mais evidente o prejuízo dos cortes nas pesquisas. Instituições federais estão trabalhando arduamente na produção de testes, vacinas e soluções para combater a covid-19. A falta de investimentos se dá por conta do que ele chama de “terraplanismo econômico”: sem considerar a importância da ciência, os gestores, olhando apenas os número reduzem os os recursos como a melhor saída para resolver a questão. E tem como consequência o prejuízo do ensino superior como uma ferramenta para diminuir a desigualdade social e faz com que o Brasil perca talentosos pesquisadores, que após perderem suas bolsas de estudo, acabam deixando o país em busca de oportunidade.
Parece que Saúde e Educação não são a prioridade do atual governo. E quando ele realiza esses cortes, precisa pensar que isso vai se refletir quase que imediatamente e também na futuro, com perda de empregos, porque o Estado deixou de investir e incentivar empresários a também investirem.
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