terça-feira, 8 de junho de 2021
PROVA PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA.
Texto 1
Os degraus
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos – onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mário Quintana. In Baú de espantos.
by Elena Quintana. São Paulo: Globo.
1. Analise as proposições relacionadas ao texto acima e assinale o correto:
a) Existe no texto um verbo anômalo.
Verbos anômalos são aqueles que, ao serem conjugados, sofrem alteração em seus radicais. Na língua portuguesa, existem dois verbos anômalos: “ir” e “ser”. Assim, o verbo “ir” pode manter seu radical “i-” em “Eu irei”, mas apresentar irregularidade em “Eu vou”.
b) Os verbos do poema, no imperativo negativo, estão flexionados na 3ª. pessoa do singular.
Na 2 pessoa do singular.
c) Desça é a forma afirmativa correspondente ao 1° verso do poema.
Desçes tu
d) Subir, no texto acima, é um verbo bitransitivo.
Verbo Intransitivo.
Texto 2
[...] Genoveva acendeu uma vela. Depois foi sentar-se na soleira da porta e
pediu-lhe que contasse alguma coisa das terras por onde andara. Deolindo
recusou a princípio; disse que ia embora, levantou-se e deu alguns passos na
sala. Mas o demônio da esperança mordia e babujava o coração do pobre-
-diabo, e ele voltou a sentar-se, para dizer duas ou três anedotas de bordo.
Genoveva escutava com atenção. Interrompidos por uma mulher da
vizinhança, que ali veio, Genoveva fê-la sentar-se também para ouvir “as
bonitas histórias que o senhor Deolindo estava contando”. Não houve outra
apresentação. [...]
Machado de Assis. Contos. São Paulo: FTD, 2002.
2. Leia o texto acima e aponte o item correto.
a) Em sentar-se (linha 01) o sujeito é simples.
FAZ LOCUÇÃO VERBAL COM FOI. E É VERBO INTRANSITIVO.
b) Deolindo é o sujeito de recusou (linha 03)OK e acendeu (linha 01). GENOVEVA
c) Em “que ali veio” (linha 07), o pronome exerce a função de sujeito.
"QUE" É PRONOME RELATIVO, RETOMA O TERMO ANTERIOR E TEM A FUNÇÃO DE SUJEITO.
ALI VEIO UMA MULHER DA VIZINHANÇA(SUJEITO)
d) O sujeito de mordia (linha 04) é indeterminado.
O SUJEITO DE MORDIA É O DEMÔNIO DA ESPERANÇA.
3. No texto 2, la (linha 07) exerce a função de:
a) sujeito
Interrompidos por uma mulher da
vizinhança, que ali veio, Genoveva fê-la sentar-se
O "LÁ" RETOMA UMA MULHER DA VIZINHAÇA QUE É SUJJEITO.
b) predicativo
c) objeto direto
d) objeto indireto
ATENÇÃO!
a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque.
Por Exemplo: As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto)
A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto)
b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.
Exemplos:
Eu a encontrei no quarto. (OD)
Vou avisá-lo.(OD)
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)
c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto.
Por Exemplo: Roberto me viu na escola.(OD)
4. Temos oração sem sujeito no item:
a) “Suporta-se com paciência a cólica do próximo.” (Machado de Assis)
SE É PARTICULA APASSIVADORA.
b) “A Pedro chamou-lhe Cristo Cephas, pedra.” (Vieira)
c) “Vão lá pedir sinceridade ao coração!” (Camilo)
d) “Andava por um mês que Dagoberto se achava no Bondó.” (José Américo de Almeida)
5. Aponte a palavra formada por derivação regressiva:
a) perfumar
b) o ataque ATACAR REDUZ O RADICAL ATAQ
A derivação regressiva acontece quando há um processo de redução na palavra primitiva. Geralmente, são os substantivos que derivam de verbos na forma infinitiva, ou seja, através da eliminação da desinência verbal – terminações dos verbos após conjugação – e adição das vogais temáticas nominais –a, –o ou –e ao radical verbal.
Nesse tipo de formação das palavras, os substantivos são chamados de deverbais, já que a principal característica é a perda do –r no final dos verbos. É o que ocorre nos exemplos: combate (de combater), cochicha (de cochichar), acúmulo (de acumular), corte (de cortar), desempenho (de desempenhar), mergulho (de mergulhar), resmunga (de resmungar).
c) empobrecer
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.
Parassintética ou parassíntese
Para que haja derivação parassintética é preciso uma junção simultânea do prefixo e sufixo a um adjetivo ou substantivo para surgimento de um verbo. Como acontece ao mesmo tempo, quando os afixos são retirados sobra uma palavra inexistente no português.
No verbo entristecer (prefixo en + radical trist + sufixo ecer), por exemplo, as palavras “tristecer” e "entrist" não existem na língua. Por esse motivo, o prefixo e o sufixo não podem ser separados.
d) infeliz
DERIVAÇÃO PREFIXAL.
6. O verbo está corretamente classificado no item:
a) “Os réprobos blasfemarão contra Deus e contra seu santo nome.” (Mont’Alverne) – verbo
intransitivo.
b) "Escondi de minhas irmãs a ignomínia daquele dinheiro.” (Camilo) – verbo transitivo indireto
VERBO BITRANSITIVO.
c) “Os próprios mendigos que esmolavam, sorriam.” (Coelho Neto) – verbo de ligação
de minhas irmãs a ignomínia daquele dinheiro.” (Camilo) – verbo transitivo indireto
VERBO INTRANSITIVO.
d) “Pedro quedou impassível.” (C. Góis) – verbo de ligação
Significado de Quedar
verbo intransitivo e pronominal Ficar ou se demorar em um lugar; parar, permanecer: minha avô quedou no sofá; quedou-se em casa para a festa. ... verbo pronominal
Seguir sendo; continuar existindo; conservar-se: quedou-se triste com o divórcio dos pais. Verbo de ligação
7. Aponte o item cuja classificação do termo está incorreta:
a) O professor é estimado de todos Agente da passiva
b) A compra transformou os planos da empresa. Adjunto adnominal
OS PLANOS DA EMPRESA FORAM TRANSFORMADOS PELAS COMPRAS - COMPLEMENTO NOMINAL.
c) Estas palavras, quem as disse foi cristo.Objeto direto pleonástico
transtornou os planos da empresa. Adjunto adnominal
d) Referiu-se à saudosa Coimbra. Núcleo do Objeto
8. Marque o item em que é obrigatório o uso do objeto direto preposicionado:
a) Muito estimamos a V. Exa.
Verbo transitivo direto e pronominal.
Ter estima, ter apreço, afeição, amizade; gostar de; apreciar:
Estimo meu filho;
Não sabe se estimar.
Verbo Transitivo direto e bitransitivo.
Determinar o valor de uma coisa, avaliar, calcular (o preço, a quantidade): estima-se em 155 milhões a população do Brasil.
b) Ofenderam a todos com aquelas palavras.
vtd
2 Causar mágoa ou ofensa em; injuriar, melindrar, rachar, ultrajar, vulnerar: A ferina indireta ofendeu-o.
vpr
3 Ficar ofendido ou considerar-se insultado: Ofendeu-se com a recusa.
vtd
4 Não observar ou acatar regras, convenções, preceitos etc.; desacatar, transgredir, violar: Suas atitudes ofendem a moralidade e as tradições.
c) Admiramos a Alencar.
Verbo transitivo direto. Considerar com espanto misturado de prazer; apreciar: admirar a beleza de um filme.
• Os visitantes admiravam as obras de arte.
•
Verbo Intransitivo.
• Considerando seu egoísmo habitual, essa atitude de generosidade admira muito.
• Não admira que isso aconteça até hoje.
Transitivo Indireto Causar admiração, ser admirável, digno de memória: admira tal gesto de desprendimento; admiro sua determinação.
• É importante observar que, quando o verbo "Admirar" for pronominal, se houver complemento, este deverá ser precedido de preposição:
• Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu.
• O professor admirou-se do desinteresse dos alunos.
• Sempre me admirei dos seus quadros.
Verbo pronominal. Ficar admirado, espantado, encantado:
Admirava-se com sua capacidade de superação.
O turista admirou-se quando viu a grandiosidade das pirâmides.
•
• É importante observar que, quando o verbo "Admirar" for pronominal, se houver complemento, este deverá ser precedido de preposição:
• Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu.
• O professor admirou-se do desinteresse dos alunos.
• Sempre me admirei dos seus quadros.
d) “Júlio César conquistou o mundo com fortaleza; vós a mim com gentileza.” (Camões)
Observe alguns exemplos de objetos diretos preposicionados:
O aluno a quem examinarei não chegou.
Os bombeiros defenderam a todos.
Vou louvar aos Deuses.
Amo a todos aqui.
A político desonesto ninguém fale.
9. Veja a classificação dada aos pronomes. Aponte o correto.
a) “Fabiano roncava de papo para cima, as abas do chapéu cobrindo-lhe os olhos.” (Graciliano Ramos) = objeto indireto.
Sujeito – O lhe retoma o sujeito Fabiano
b) “Duas outras vezes, pareceu-me que a via dormir...” (Machado de Assis) = (sujeito).
c) “E tornaram ambas à sala, uma presa pela orelha, debatendo-se, chorando ...” (Machado de Assis) = pronome apassivador.
NESSE CASO O SE É PARTE INTEGRANTE DO VERBO.
Debater
Verbo transitivo direto. O complemento é objeto direto (OD), sem preposição.
Porém a tendência é usarmos incorretamente o objeto direto precedido da preposição “sobre” ou da expressão “a respeito de”:
Os candidatos debateram sobre temas importantes dos seus programas (ou a respeito de). Incorreto!
Os candidatos debateram temas importantes dos seus programas. Correto! (Debateram o quê? OD).
Debate-se (discute-se) algo, não “sobre” ou “a respeito de” algo:
Os coordenadores discutiram com os professores os índices altos de reprovação de alunos (não discutiram sobre nem a respeito de).
d) A vida tornara-se alegre. = índice de indeterminação do sujeito
PARTE INTEGRANTE DO VERBO.
' Tornar-se, um verbo pronominal, ocorre frequentemente
sem preposição:
«Está entre os cinco melhores jogadores do mundo, podendo tornar-se o futebolista do ano.»
ou com a preposição em:
«O ferimento tornou-se em tumor maligno.»
«Tornou-se numa pessoa mais clemente com o desgosto.»
10. Apresenta oração coordenada sindética adversativa o item:
a) “A justiça que corrige ou castiga, deve ser inspirada pela Bondade, [...] (Malba Tahan)
ALTERNATIVA.
b) “A Igreja diz-nos que supõe que sou homem; logo, não sou pó.” (Vieira)
CONCLUSIVA.
c) “Fazia tudo para ser agradável, pois não deixava uma pergunta sem resposta.” (Bechara)
EXPLIVATIVA.
d) “De outras ovelhas cuidarei, que não de vós...” (Garrett)
11. Aponte o item que apresenta a sequência: ditongo decrescente – ditongo crescente - tritongo
a) pai, Márcio, Guiana
b) cai, Boêmia, saguões
c) saía, Mundaú, Uruguai
d) vai, Pajeú, queijo
12. Conforme o último Acordo Ortográfico, a palavra cuja grafia está incorreta é:
COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
a) anti-Brasil - antiBrasil
b) auto-observação
c) sobre-humano
d) viassacra – Via Sacra
13. A alternativa em que o vocábulo está acentuado em razão da mesma regra ortográfica que determina a acentuação do vocábulo transpô-lo é:
a) pôr.
b) encontrá-lo.
c) veríamos.
d) excluí-lo.
14. Dadas as orações.
I. “A certeza do hoje nasce da lembrança do ontem.” (Olavo Bilac)
II. “Você que é íntimo dele, não nos podia dizer o que há...” (Machado de Assis)
III. “A vida dele era necessária a ambas.” (Machado de Assis)
IV. “Tomei consciência de que era um poeta menor...” (Manuel Bandeira)
São exemplos de complemento nominal as orações:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) II e III.
d) I, II, III e IV.
Texto 3
A grande borboleta
Leve numa asa a lua
E o sol na outra
E entre as duas a seta
Caetano Veloso
15. Leia o texto 3 e assinale o termo que não exerce a função de sujeito:
a) borboleta. VOCATIVO
b) lua.
c) sol.
d) seta.
Texto 4
O leme partiu-se!
Marinheiros tristes
contam, pensativos,
os mortos antigos
e os inúteis vivos.
Cecília Meireles
16. Baseado no texto 4, está classificado corretamente o item:
a) tristes – adjunto adverbial de modo. ADJUNTO ADNOMINAL
b) pensativos – complemento nominal. PREDICATIVO DO SUJEITO
c) antigos – aposto.
d) marinheiros tristes – sujeito simples.
Texto 5
Conta a lenda (1) que dormia
Uma Princesa encantada
A quem Um (2) só despertaria
Um infante (3), que (4) viria
De além do muro da estrada.
Fernando Pessoa
17. No texto 5, o termo destacado que não exerce a função de sujeito corresponde ao número:
a) 4
b) 3
c) 2
d) 1
18. Houve falha no uso da pontuação no item:
a) Do alto do morro, avistamos, jangadas, lanchas, pranchas.
b) As palavras, leve-as ao vento.
c) Atenta e carinhosa, ela cuidava bem dos pais.
d) Machado de Assis, autor de Dom Casmurro, tem um estilo sóbrio e elegante.
19. Assinale o item em que o pronome LHE não foi corretamente empregado.
a) Quero-lhe com ardor. A ele quero com ardor
b) Deixou-lhe sair. Deixou ele sair.
c) A vida lhe era agradável. A vida era agradável a ele
d) Cortaram-lhe as unhas. Cortaram as unhas dele
20. A oração subordinada está corretamente classificada no item:
a) “Sai de baixo, que eu sou professor
b) “Quanto a Tenório, prepararia as máscaras, .” (Chico Buarque) – oração coordenada sindética explicativa alfaiate que era
c) “ .” (Chico Anísio) – oração subordinada adverbial concessiva Por mais que eu me esforçasse
d) “Torva no aspecto, à luz da barricada, / / eu não conseguiria.” (Oswaldo Montenegro) – oração subordinada adverbial comparativa como bacante após lúbrica ceia!” (Antero de Quental) – oração subordinada adverbial causal
21. O uso da crase está correto em:
a) Chegou à Paris dos seus sonhos.
Primeiro, é bom lembrar que o caso mais comum de crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a". Quando ocorre essa fusão (=crase), devemos pôr o acento grave (`) indicativo da crase sobre a vogal "a" (= à). No caso do verbo chegar, não há dúvida quanto à presença da preposição "a", pois quem chega sempre chega "a" algum lugar. A dúvida é o segundo "a": se existe ou não o artigo "a". Aqui a dificuldade é saber se o nome do lugar (=país, estado, cidade, vilarejo, bairro...) é usado com ou sem artigo. Por exemplo: nós falamos "São Paulo" (=sem artigo), "O Rio de Janeiro" (=com artigo masculino "o") e "A Bahia" (=com artigo feminino "a"). Isso significa que "nós chegamos a São Paulo" (=não há crase, porque não existe artigo), "nós chegamos ao Rio de Janeiro" (ao = preposição "a" + artigo masculino "o") e "nós chegamos à Bahia" (=com acento indicativo da crase, porque existe o artigo feminino "a" antes da Bahia). No caso de Brasília, não ocorre a crase porque não há artigo definido feminino "a" antes de Brasília.
Em caso de dúvida, se há ou não o artigo "a", podemos usar o seguinte "macete": 1. Se você "volta da" (=preposição "de" + artigo "a"), é porque existe o artigo. Isso significa que você "vai à"; 2. Se você "volta de" (= só preposição "de"), é porque não existe artigo antes do nome do lugar. Isso significa "crase impossível", ou seja, "vai a". Vamos testar: 1. Você volta da Bahia, então "vai à Bahia"; 2. Você volta de Brasília, então "vai a Brasília".
O "macete" é tão bom que ele é capaz de evitar que você caia em "armadilhas" de concursos. Por exemplo: "Você vai a Porto Alegre" (=sem crase), porque "você volta de Porto Alegre"; mas "você terá de ir à bela Porto Alegre" (=com crase), porque "você volta da bela Porto Alegre". "Você vai a Paris", porque "você volta de Paris"; mas "vai à Paris dos seus sonhos", porque "volta da Paris dos seus sonhos".
b) No pátio do museu, viu à rainha Ana.
c) Ficou à distância.
Os gramáticos clássicos afirmam que nem sempre (como neste caso do ensino) a palavra “distância” vem acompanhada do artigo “a”, e o “a” que aparece é apenas a preposição. Sendo assim, não ocorreria a crase, que é a junção dessas duas letras marcada pelo acento grave (`). Para eles, a regra é utilizar a crase na expressão apenas quando a distância é evidenciada, como nos exemplos:...
O shopping ficava à distância de 500 metros do escritório.
Este apartamento é mais valorizado por se encontrar à distância de apenas 100 metros da estação de metrô.
d) Fez uma oração à Santa Clara.
A crase não deve ser empregada junto a nomes próprios.
Os nomes próprios indicam um nome específico, em geral destinado a um ser em particular em oposição a um ser genérico – nome comum (ex: cidade: ser genérico = nome comum; Campo Grande: ser específico = nome próprio).
Os nomes próprios são empregados para designar, entre outros, pessoas (ex.: Maria), lugares (ex.: Brasil), instituições (Senado) e até nomes de santos (ex.: São José).
22. Quanto à concordância nominal, aponte o item correto.
a) Seis quilos de linguiça é bastante.
As expressões de quantidade, medida, peso, valor, tempo — como é muito, é pouco, é suficiente, é caro, é barato, é bastante — são invariáveis. Não ligam para o sujeito. Com elas, só o singular tem vez.
Veja exemplos: Dois mil reais é muito. Vinte quilos é suficiente. Dois minutos é muito para quem está com dor de dente. Vinte reais é menos do que o produto vale.
b) Crise econômica-financeira. ECONôMICO-FINACEIRA.
c) Ela são as alegrias da família. A ALEGRIA
d) Quem era eles? ERAM
23. Aponte o item em que o termo destacado não exerce a função de predicativo do sujeito.
a) “A mulher do fim do mundo / Chama a luz com um assobio.” (Murilo Mendes).
b) “Sei que a vida vale a pena / embora o pão seja caro” (Ferreira Gullar),
c) “Uma coisa é ” (Ferreira Gullar) patente: não fazem mais espelhos como antigamente.” (Millôr Fernandes)”.
d) “Perdi o bonde e a esperança. / Volto pálido para casa.” (Carlos Drummond de Andrade)
24. A oração destacada que não se classifica como oração subordinada adverbial é a do item:
a) “Quando eu chego em casa nada me consola
b) “Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva, / / você está sempre aflita...” (Caetano Veloso) acumulando de prazeres teu leito de viúva (Chico Buarque / Ruy Guerra)
c) “Mas eu prefiro abrir as janelas / ... Pra que entrem todos os insetos
FINAL
d) “ ...” (Caetano Veloso) Quando olhaste bem nos olhos meus / E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei...” (Chico Buarque / Francis Hime)
25. Aponte o item em que a palavra grifada está corretamente classificada:
a) “Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.” (Carlos Drummond de Andrade) – adjunto adverbial de tempo.
b) “Deixe-me viver como um urso, a vida é uma ordem”. (Machado de Assis) – sujeito
c)“É preciso amar as pessoas / como se não houvesse amanhã” (Renato Russo) – conjunção subordinativa comparativa.
d) “Estrangeiro, vós me estendeis seus braços / como velhos amigos” (Jorge de Lima) – conjunção subordinativa causal.
domingo, 6 de junho de 2021
MULHERES OLÍMPICAS.
A luta feminina por igualdade se mantém forte e vem ganhando destaque ao longo dos anos. No caso da participação das mulheres nas Olimpíadas, a busca não foi diferente.
Aos poucos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) foi incluindo mais modalidades femininas nos programas dos Jogos Olímpicos e o número de atletas mulheres crescia a cada evento, num processo que andava lado a lado com a ascensão delas na vida econômica, social e política.
A história feminina do Brasil no esporte olímpico, porém, começou mais tarde. Em 1932, Maria Lenk, aos 17 anos, foi a primeira atleta brasileira e a única sul-americana a participar de uma edição de Jogos Olímpicos, na ocasião no de Los Angeles. A nadadora era a única mulher em uma delegação de 45 homens. Quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas de 1936, em Berlim, Alemanha, ela, já acompanhada de mais três brasileiras, foi pioneira em mais um quesito. Naquele ano, ela foi a primeira mulher a competir no estilo borboleta.
Maria Lenk, porém, nadava contra a maré. Enquanto ela fazia história pelo mundo, no Brasil, Getúlio Vargas, em 1941, editava o artigo 54 do Decreto-Lei 3.199, que dizia: “às mulheres não será permitida a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”. Tal decreto só foi revogado em 1979, o que freou o avanço das mulheres brasileiras no esporte olímpico.
Freou, mas não completamente. Em 1959, a lendária Maria Esther Bueno escrevia seu nome na história do tênis mundial ao conquistar o primeiro de três títulos em Wimbledon. Cinco anos mais tarde, nas Olimpíadas de Tóquio 1964, mais uma brasileira fazia história: Aída dos Santos foi a única atleta do país a participar da competição e conquistou um quarto lugar no salto em altura, o melhor resultado feminino do Brasil por 32 anos.
Ao longo dos mais de 100 anos desde a primeira Olimpíada da Era Moderna em 1896, vários atletas de diversas nações subiram ao pódio olímpico, escrevendo seus nomes na história. Mas foram poucos os que se eternizaram como os maiores medalhistas dos Jogos Olímpicos. E deste seleto grupo, Larisa Latynina, Birgit Fischer e Jenny Thompson são as únicas na lista de mulheres mais vencedoras da história das Olimpíadas.
Todas elas somam nada menos que oito medalhas de ouro. Mas no total, Latynina leva vantagem, sendo a segunda maior medalhista entre mulheres e homens. Fischer é a sexta colocada no geral, enquanto Thompson é a sétima.
Nascida na Ucrânia, Larisa Latynina começou sua carreira como bailarina, migrando depois para a ginástica artística. Aos 19 anos, ela teve a primeira oportunidade de competir internacionalmente, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística. E de cara, faturou uma medalha de ouro por equipes.
Dois anos depois, em Melbourne-1956, em sua estreia em Jogos Olímpicos, Latynina levou quatro ouros, uma prata e um bronze. Quatro anos depois, em Roma-1960, mais seis medalhas. Mas desta vez, foram três douradas, duas pratas e um bronze. E fechando a conta, em Tóquio-1964, faturou mais cinco: duas de ouro, uma prata e dois bronzes.
Nascida na Alemanha em 1962, Birgit Fischer é até hoje o maior nome da história da canoagem velocidade. Ela estreou em Jogos Olímpicos em Moscou-1980, quando tinha 18 anos, e conquistou uma medalha de ouro, representando a Alemanha Oriental (no período da Guerra Fria, a Alemanha foi “dividida em duas”). Passou em branco em Los Angeles-1984, mas voltou com tudo em Seul-1988, subindo ao lugar mais alto do pódio duas vezes e conquistando ainda um vice-campeonato.
Em Barcelona-1992 e Atlanta-1996, já com a Alemanha unificada, Fischer repetiu o feito e faturou mais um ouro e uma prata em cada edição. E em Sydney-2000, levou para casa mais duas medalhas douradas. Depois disso, ela chegou a anunciar sua aposentadoria, mas desistiu para tentar mais uma medalha olímpica. E em Atenas-2004, com 42 anos, ela conseguiu: conquistou sua última medalha de ouro e levou ainda mais uma prata. Até hoje, Fischer é mais jovem atleta a ter se tornado campeã olímpica de canoagem, aos 18 anos, e é ainda a única mulher a conquistar medalhas de ouro em seis edições diferentes de Jogos Olímpicos.
A nadadora Jenny Thompson despontou cedo no mundo esportivo. Sua primeira aparição internacional foi aos 14 anos, quando ganhou os 50 m livres e ficou em terceiro lugar nos 100 m livres nos Jogos Pan-americanos de 1987, em Indianápolis. E ainda ganhou seu primeiro Campeonato Mundial em 1991, aos 18 anos.
Em Jogos Olímpicos, ela estreou em Barcelona-1992, quando conquistou dois ouros no revezamento e uma prata. Quatro anos depois, em Atlanta-1996, ela subiu três vezes ao lugar mais alto do pódio, mas foi em Sydney-2000 que Thompson teve seu melhor desempenho, quando levou novamente três ouros e ainda faturou um bronze. E em Atenas-2004, ela se despediu dos Jogos Olímpicos aos 31 anos, como a mais velha do time de natação dos Estados Unidos, com mais duas medalhas de prata, entrando para a história como uma das mulheres mais vencedoras da história das Olimpíadas.
Apenas em 2012, em Londres, todos os países participantes tiveram representantes mulheres. Naquela oportunidade, foi incluído no programa da competição o boxe feminino. Com a nova modalidade, pela primeira vez na história dos Jogos, as mulheres tiveram a chance de participar de todos os esportes olímpicos.
A relação é longa e contempla nomes como os de Maurren Maggi no atletismo, Ketleyn Quadros e Sarah Menezes no judô, Adriana Araujo no boxe, Yane Marques no pentatlo moderno e Daiane dos Santos na ginástica, entre tantas outras.
https://tvbrasil.ebc.com.br/memoriadoesporteolimpicobrasileiro/episodio/mulheres-olimpicas
https://institutoreacao.org.br/8-mulheres-que-fizeram-historia-nas-olimpiadas/
http://www.buritifilmes.com.br/filmes.php?cat=filme&mostra_filme=16
https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/250498-historico-mulheres-nas-olimpiadas/
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