terça-feira, 18 de maio de 2021
PIAGET
Principal representante da psicologia da aprendizagem, que centra suas investigações nas estruturas cognitivas, Jean Piaget defendia a ideia de que o conhecimento não existe: aquilo a que se dá este nome é um conjunto de capacidades intelectuais hierarquicamente classificadas que requerem uma visão científica mais global. Tinha como objetivo estudar a evolução do pensamento da infância até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo. Pesquisador que desenvolveu muitas investigações, que constituíram a base do construtivismo, cujos resultados são utilizados por psicólogos e que receberam e recebem diversas interpretações e consequentes propostas didáticas. Piaget concebia a criança como um ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade.
Segundo sua teoria denominada "epistemologia genética", a partir do nascimento os seres humanos são submetidos a fases de desenvolvimento cognitivo, do qual ele descreveu quatro estágios de desenvolvimento: sensório, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal. Ele acreditava que essas etapas devem ser preenchidas de forma linear e do conhecimento foi construído pelo indivíduo através da ação e que, portanto, o meio ambiente e os conhecimentos inatos ou não influenciou nesta evolução. Seu trabalho foi em grande parte observacional e ele é creditado com o uso de termos como assimilação e acomodação.
Alguns conceitos-chave de sua teoria, tais como assimilação, acomodação e equilibração foram abordados ao longo do texto. O "núcleo duro" da teoria de Piaget está na assimilação, na acomodação e na equilibração, não nos famosos períodos de desenvolvimento mental.
Há em sua teoria, quatro períodos gerais de desenvolvimento cognitivo, a saber: o sensório-motor que vai do nascimento ao cerca de dois anos de idade, no qual a única referência comum e constante é o próprio corpo da criança, decorrendo daí um egocentrismo praticamente total; deste estágio, característico do recém-nascido, a criança evolui cognitivamente, passando por outros estágios, até que, no fim do período sensório-motor, começa a descentralizar as ações em relação ao próprio corpo e a considerá-lo como um objeto entre os demais. O próximo é o pré-operacional, que vai dos dois aos seis ou sete anos. Por meio da linguagem, dos símbolos e imagens mentais, inicia-se uma nova etapa do desenvolvimento mental da criança, na qual o pensamento começa a se organizar, embora ainda não reversível. Entre 7 e 8 anos assinala, em geral, o início do período operacional-concreto e se prolonga aos 11 ou 12 anos. Verifica-se uma descentração progressiva em relação à perspectiva egocêntrica que caracterizava a criança até então. operacional-formal; cada qual subdividido em estágios ou níveis.
Para Piaget, a assimilação é um termo que faz referência a uma parte do processo de adaptação do ser humano. Através da assimilação, as pessoas conseguem captar e obter novas informações e incorporá-las nas ideias já existentes dentro de seu psiquismo.
Nesse sentido, a assimilação é sempre subjetiva, na medida em que cada sujeito vai incorporar esta nova informação (objetivamente dada) de um jeito que será único e individual e que, de uma maneira ou outra, vai tender a concordar com as crenças existentes anteriormente.
Na teoria piagetiana, podemos notar dois modos básicos através dos quais os sujeitos podem se adaptar a novas experiências e, especialmente, à novas informações. A assimilação consiste na forma mais simples porque não exige uma grande nível de ajustamento ou mudança. Através da assimilação, cada pessoa pode encontrar e assimilar novas informações aos conhecimentos já adquiridos, em alguns casos revendo os conhecimentos passados e na memória, modificando-os e, em outros casos, apenas introjetando as novas informações.
Um exemplo de assimilação
Imagine que você conhece uma pessoa e se apaixona por ela. Durante todo o início do namoro, esta pessoa lhe parece totalmente especial e diferente, se comportando de forma educada, solícita, carinhosa, sempre demonstrando paciência e tranquilidade.
Em um dia, porém, você se espanta: esta pessoa – tão calma e paciente – fica extremamente irritada com o garçom que está servindo a mesa.
Esta irritação é uma nova informação para a sua concepção a respeito desta pessoa. Como você irá assimilar este comportamento tão diferente dos demais que ela vinha emitindo?
Bem, de um jeito ou de outro você vai ter que assimilar a nova informação, ou justificando a irritação como um mal dia ou introduzindo novas ideias sobre quem a pessoa é. Ela pode continuar sendo uma pessoa calma e paciente, porém, pode passar a ser vista como uma pessoa com ataques de humor ou variação de atitudes.
Nos dois casos, você terá assimilado a nova informação. De um jeito, você adapta a nova informação nos conhecimentos prévios e de outro você justifica, mas nos dois casos a nova informação é sim assimilada.
O outro modo básico de se adaptar às novas informações, para Piaget, é chamado de acomodação. Neste caso, há uma grande diferença. A nova informação não é apenas assimilada, ela transforma radicalmente o conhecimentos já adquiridos.
Se continuarmos usando o exemplo da pessoa calma e que fica irritada, inesperadamente, com o garçom, na acomodação toda a ideia a respeito da pessoa será mudada. Ela não será mais vista como uma pessoa calma, tranquila e paciente, mas como uma pessoa irritada.
Assim, na assimilação a nova informação é incorporada mas não muda as informações precedentes, enquanto que na acomodação as ideias antigas são mudadas ou substituídas pelas novas informações.
Os processos de assimilação e acomodação são muito importantes para compreendermos a teoria de Piaget a respeito da aprendizagem. A fim de facilitar a compreensão, podemos entender que estamos sempre assimilando novas ideias, novos pensamentos, novas informações, porém, na teoria piagetiana a assimilação não substitui as ideias antigas, apenas acrescenta novidades na cognição.
E na acomodação, temos que pensar que a nova informação estabelece uma nova estrutura, mudando totalmente as informações anteriores ou substituindo-as.
Segundo a teoria do desenvolvimento de Piaget, haveria períodos relacionados ao aparecimento de novas qualidades do pensamento, interferindo no desenvolvimento global.
Entre esses períodos estão:
A
Fases oral, anal e fálica.
B
Período sensório-motor, pré-operatório e operações formais.
C
Período sensório-motor e operações informais.
D
Período de latência, fase oral e sensório-motor.
E
Período pré-operatório, operações informais e período de latência.
Na década de 1920, Jean Piaget trabalhou com os testes padronizados de Alfred Binet e, durante sua aplicação em crianças e de acordo com a teoria que desenvolveu, o que lhe chamou mais a atenção foi:
A
A quantidade de erros e acertos de cada criança, avaliando o estágio de desenvolvimento e o ritmo de progressão cognitiva conforme os escores alcançados relacionando-os com fatores ambientais determinantes.
B
As respostas em si em detrimento da resposta correta, convencendo-se de que além de crianças e adultos pensarem de maneira diferente, crianças de diferentes idades têm métodos distintos de pensamento.
C
Os níveis de vivências culturais, interpessoais e individuais de cada criança revelados através dos testes e sua relação intrínseca com a qualidade do desenvolvimento cognitivo apresentado
D
As comparações entre as diferenças de acertos e, por consequência, dos níveis de inteligência entre crianças de idades diferentes, avaliando as mudanças cognitivas quantitativas.
São alguns conceitos-chave da teoria de Jean Piaget:
A
Refração, assimilação e finitude.
B
Anunciação, acomodação e emancipação.
C
Assimilação, acomodação e equilibração.
D
Equilibração, emancipação e expansão.
E
Conciliação, assimilação e retração.
De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios. Sendo assim, leia a descrição abaixo:
“Durante esse estágio, as crianças tomam-se mais conscientes dos eventos externos, assim como dos sentimentos dos outros. Eles se tomam menos egocêntricos e começam a entender que nem todos compartilham seus pensamentos, crenças ou sentimentos.’’
O estágio acima refere-se à:
A
Fase pré-operacional.
B
Estágio operacional concreto.
C
Estágio operacional formal.
D
Fase sensório-motora.
E
Nenhuma das alternativas acima.
NÃO é um dos estágios do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget:
A
Operatório Formal.
B
Pré-Operatório.
C
Operatório Analítico.
D
Nenhuma das alternativas.
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