domingo, 6 de junho de 2021

MULHERES OLÍMPICAS.

A luta feminina por igualdade se mantém forte e vem ganhando destaque ao longo dos anos. No caso da participação das mulheres nas Olimpíadas, a busca não foi diferente. Aos poucos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) foi incluindo mais modalidades femininas nos programas dos Jogos Olímpicos e o número de atletas mulheres crescia a cada evento, num processo que andava lado a lado com a ascensão delas na vida econômica, social e política. A história feminina do Brasil no esporte olímpico, porém, começou mais tarde. Em 1932, Maria Lenk, aos 17 anos, foi a primeira atleta brasileira e a única sul-americana a participar de uma edição de Jogos Olímpicos, na ocasião no de Los Angeles. A nadadora era a única mulher em uma delegação de 45 homens. Quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas de 1936, em Berlim, Alemanha, ela, já acompanhada de mais três brasileiras, foi pioneira em mais um quesito. Naquele ano, ela foi a primeira mulher a competir no estilo borboleta. Maria Lenk, porém, nadava contra a maré. Enquanto ela fazia história pelo mundo, no Brasil, Getúlio Vargas, em 1941, editava o artigo 54 do Decreto-Lei 3.199, que dizia: “às mulheres não será permitida a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”. Tal decreto só foi revogado em 1979, o que freou o avanço das mulheres brasileiras no esporte olímpico. Freou, mas não completamente. Em 1959, a lendária Maria Esther Bueno escrevia seu nome na história do tênis mundial ao conquistar o primeiro de três títulos em Wimbledon. Cinco anos mais tarde, nas Olimpíadas de Tóquio 1964, mais uma brasileira fazia história: Aída dos Santos foi a única atleta do país a participar da competição e conquistou um quarto lugar no salto em altura, o melhor resultado feminino do Brasil por 32 anos. Ao longo dos mais de 100 anos desde a primeira Olimpíada da Era Moderna em 1896, vários atletas de diversas nações subiram ao pódio olímpico, escrevendo seus nomes na história. Mas foram poucos os que se eternizaram como os maiores medalhistas dos Jogos Olímpicos. E deste seleto grupo, Larisa Latynina, Birgit Fischer e Jenny Thompson são as únicas na lista de mulheres mais vencedoras da história das Olimpíadas. Todas elas somam nada menos que oito medalhas de ouro. Mas no total, Latynina leva vantagem, sendo a segunda maior medalhista entre mulheres e homens. Fischer é a sexta colocada no geral, enquanto Thompson é a sétima. Nascida na Ucrânia, Larisa Latynina começou sua carreira como bailarina, migrando depois para a ginástica artística. Aos 19 anos, ela teve a primeira oportunidade de competir internacionalmente, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística. E de cara, faturou uma medalha de ouro por equipes. Dois anos depois, em Melbourne-1956, em sua estreia em Jogos Olímpicos, Latynina levou quatro ouros, uma prata e um bronze. Quatro anos depois, em Roma-1960, mais seis medalhas. Mas desta vez, foram três douradas, duas pratas e um bronze. E fechando a conta, em Tóquio-1964, faturou mais cinco: duas de ouro, uma prata e dois bronzes. Nascida na Alemanha em 1962, Birgit Fischer é até hoje o maior nome da história da canoagem velocidade. Ela estreou em Jogos Olímpicos em Moscou-1980, quando tinha 18 anos, e conquistou uma medalha de ouro, representando a Alemanha Oriental (no período da Guerra Fria, a Alemanha foi “dividida em duas”). Passou em branco em Los Angeles-1984, mas voltou com tudo em Seul-1988, subindo ao lugar mais alto do pódio duas vezes e conquistando ainda um vice-campeonato. Em Barcelona-1992 e Atlanta-1996, já com a Alemanha unificada, Fischer repetiu o feito e faturou mais um ouro e uma prata em cada edição. E em Sydney-2000, levou para casa mais duas medalhas douradas. Depois disso, ela chegou a anunciar sua aposentadoria, mas desistiu para tentar mais uma medalha olímpica. E em Atenas-2004, com 42 anos, ela conseguiu: conquistou sua última medalha de ouro e levou ainda mais uma prata. Até hoje, Fischer é mais jovem atleta a ter se tornado campeã olímpica de canoagem, aos 18 anos, e é ainda a única mulher a conquistar medalhas de ouro em seis edições diferentes de Jogos Olímpicos. A nadadora Jenny Thompson despontou cedo no mundo esportivo. Sua primeira aparição internacional foi aos 14 anos, quando ganhou os 50 m livres e ficou em terceiro lugar nos 100 m livres nos Jogos Pan-americanos de 1987, em Indianápolis. E ainda ganhou seu primeiro Campeonato Mundial em 1991, aos 18 anos. Em Jogos Olímpicos, ela estreou em Barcelona-1992, quando conquistou dois ouros no revezamento e uma prata. Quatro anos depois, em Atlanta-1996, ela subiu três vezes ao lugar mais alto do pódio, mas foi em Sydney-2000 que Thompson teve seu melhor desempenho, quando levou novamente três ouros e ainda faturou um bronze. E em Atenas-2004, ela se despediu dos Jogos Olímpicos aos 31 anos, como a mais velha do time de natação dos Estados Unidos, com mais duas medalhas de prata, entrando para a história como uma das mulheres mais vencedoras da história das Olimpíadas. Apenas em 2012, em Londres, todos os países participantes tiveram representantes mulheres. Naquela oportunidade, foi incluído no programa da competição o boxe feminino. Com a nova modalidade, pela primeira vez na história dos Jogos, as mulheres tiveram a chance de participar de todos os esportes olímpicos. A relação é longa e contempla nomes como os de Maurren Maggi no atletismo, Ketleyn Quadros e Sarah Menezes no judô, Adriana Araujo no boxe, Yane Marques no pentatlo moderno e Daiane dos Santos na ginástica, entre tantas outras. https://tvbrasil.ebc.com.br/memoriadoesporteolimpicobrasileiro/episodio/mulheres-olimpicas https://institutoreacao.org.br/8-mulheres-que-fizeram-historia-nas-olimpiadas/ http://www.buritifilmes.com.br/filmes.php?cat=filme&mostra_filme=16 https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/250498-historico-mulheres-nas-olimpiadas/

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