domingo, 23 de maio de 2021

MULHERES OLÍMPICAS; AÍDA DOS SANTOS.

O salto em altura, de Aída dos Santos em Tóquio 1964, foi o melhor resultado individual de uma atleta brasileira nos Jogos Olímpicos durante 32 anos. Ela foi a única mulher a integrar a delegação nacional naquela edição do evento. Quatro anos mais tarde, na Cidade do México, Aída mostrou ser uma atleta completa e participou da prova de pentatlo. Aos 83 anos, ganhou uma justa homenagem nesta quinta-feira. No dia que marca os 56 anos de sua participação nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964, quando ficou na quarta posição do salto em altura, ela viu um mural de 30 metros pintado com o rosto dela. A obra foi feito pela artista plático Marcelo Lamarca, e fica no Caminho Niemeyer, em Niterói. Aída competiu sem uniforme, sem sapatilhas, sem técnico, mas com a força para conseguir bater o recorde nacional na final, com um dos pés lesionados. Competições. 1968 – Olimpíadas no México ficando na 22ª.colocação na prova do pentatlo 1971 – Pan-Americano (Cáli-Colombia) – medalha de bronze no pentatlo Foi homenageada em 1995 na inauguração da pista de atletismo da UFF que tem o seu nome. E em 2006 foi homenageada com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, entregue anualmente a uma personalidade com importante vida atlética. Nascida em primeiro de março de 1937 e vinda de uma família humilde do Morro do Arroz, em Niterói, Aída teve sua trajetória esportiva iniciada no vôlei, mas uma amiga a levou para praticar atletismo. No início, sua família nunca quis que ela fosse atleta e não apoiava. Seu nome deveria ser Aída Superação. Essa questão familiar fez com que ela fizesse o inverso com seus três filhos Rogério, Patrícia e Valeska, que sempre receberam todo tipo de apoio por parte da mãe para praticarem esportes. Inclusive Valeskinha, como é conhecida, foi campeã olímpica de vôlei nos Jogos de Pequim em 2008. A falta de incentivo e recursos sempre estiveram presentes em sua vida, porém nunca foram empecilhos para ter uma carreira vitoriosa. A chave para o sucesso foi seu próprio esforço e dedicação nos treinos, que fazia sozinha muitas vezes observando suas rivais.

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