quinta-feira, 14 de junho de 2012

A vitória da melhor equipe, sobre o time dos craques.


O primeiro tempo do Corinthians, sem requinte, foi ótimo. A equipe jogou de acordo com seu estilo. Marcou na intermediária, sem pressionar os zagueiros adversários, mas com um time postado para pressionar. Retomou bolas e faltava um pouco mais de acertos de passes, para sair da defesa para o ataque. Quando Alex achou Paulinho, Émerson estava pronto para fazer 1 x 0.

Estava pronto, diga-se, desde o início da partida. Já estava evidente que Henrique não dava conta de sua marcação e Émerson seria o foco dos contra-ataques justamente em seu setor.

Émerson e Paulinho foram a razão principal do bom futebol do Corinthians na primeira etapa.
Cássio foi a razão da vitória no segundo tempo.
Mesmo que o segundo tempo santista, melhor do que o primeiro, não tenha sido excelente.

O Santos tocava, tocava, chutava pouco, dependia de lançamentos de Ganso, que começaram a aparecer. No melhor deles, aos 34 minutos, Alan Kardec passou cruzado, a bola passou à frente de Borges e Neymar, Castan tirou para escanteio.

Por que o Santos não consegue jogar bem? Porque Neymar está cansado, porque Ganso não clareia tanto o jogo quanto já clareou, porque Elano está mal -- e foi o mais criticado pela torcida, substituído no intervalo.

O Corinthians é mais equipe do que o Santos, que tem mais craques. Mas para vencer no Pacaembu precisa desses craques. Terá?

No último clássico disputado no Pacaembu, o Santos teve. Venceu no segundo turno do Brasileirão por 3 x 1, com gols de Borges, Henrique e Alan Kardec.

Ah, sim, no ano passado, o Santos era mais forte. Espetacular mesmo era em 2010. Forte, ganhou a Libertadores, ganhando do Cerro Porteño, na semifinal do Pacaembu, por... 1 x 0! E na decisão contra o Peñarol, ganhou no Pacaembu por... 2 x 1! Antes, nas oitavas-de-final, ganhou do América do México por 1 x 0 e empatou com o Once Caldas por 1 x 1. Só uma vez, contra o Peñarol, fez um resultado que serve semana que vem.

O Corinthians pode jogar sua primeira final de Libertadores.



Texto de Paulo Vinícios Coelho, comentarista dos canais espn.

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