QUANTOS MENINOS NÃO SONHAM SER JOGADOR DE FUTEBOL? QUANTOS NÃO DÃO TUDO PRA E TORNAR UMA ESTRELA? É, MAS ESSE SONHO SÓ SE CONCRETIZA PRA POUCOS, 1%. ESSES GAROTOS SE APOIAM TANTO NESSE DESEJO QUE MUITOS ESQUECEM DE ESTUDAR. QUANDO DÁ CERTO TUDO BEM. E QUANDO NÃO DÁ? POR ISSO ACHO QUE UM DOS REQUISITOS PRA TORNAR ISSO POSSÍVEL, SERIA TER BOA FREQUENCIA NA ESCOLA E BOAS NOTAS .
INFELISMENTE AQUI NO BRASIL ESTAMOS NOSSO MODELO DE CRIAR NOVOS TALENTOS ESTÁ BEM ULTRAPASSADA. A PROVA DEFINITIVA DISSO ACONTECEU RECENTEMENTE. MAIS ESPECIFICAMENTE NA FINAL DO MUNDIAL DE CLUBES ENTRE SANTOS E BARCELONA. seremos dentro de algum tempo apenas coadjuvantes dos grandes espetáculos globalizados que se está transformando o altamente competitivo futebol profissional. Ou não foi este o papel desempenhado pelo Brasil, representado pelo Santos, na partida com o Barcelona?Para evitar fiasco como este e que isso se torne rotina é preciso que os profissionais do meio comecem a questionar algumas perguntas.
• Quando os nossos dirigentes vão se profissionalizar ou pelo menos se atualizar para darem conta das demandas do futebol globalizado deste século XXI, deixando de olhar apenas para o seu entorno mais próximo e cuidando apenas de seus interesses particulares?
• Quando os órgãos de comunicação vão entender o seu papel estratégico nestas mudanças e os jornalistas esportivos se prepararem melhor antes de formularem suas críticas e elogios, muitas vezes estéreis e descontextualizados?
• E os treinadores? Será que vão perceber que, dentro deste novo cenário, não basta mais ter sido jogador de futebol ou mesmo ter frequentado uma Escola de Educação Física para ser um treinador bem sucedido? Quando vão entender que esta função, hoje em dia, além de certas características de personalidade, exige profundos conhecimentos sobre liderança de grupos, tática e estratégia de jogo, metodologia científica de treinamento, cultura geral, “media training” entre outros requisitos?
• Quando os clubes, através de seus dirigentes, serão capazes de estabelecer uma política clara para seus departamentos de futebol, não só no terreno da gestão, como também no terreno técnico (sim, o dirigente tem que entender o suficiente deste aspecto para poder contratar e acompanhar seus treinadores e funcionários dentro do perfil desejado pela política estabelecida).
• E a formação de nossos jovens atletas? Será que vamos finalmente compreender que é preciso superar urgentemente a visão tecnicista que ainda predomina nas categorias de base e nas escolas de futebol espalhadas pelo Brasil, para adotarmos uma abordagem interdisciplinar formando o atleta integralmente e preparando-os para a vida profissional, pessoal e social?
• E quando as instituições que dirigem o nosso futebol (CBF, Federações, Sindicatos, Associações) serão pressionadas o suficiente para entenderem que seus interesses particulares não podem conflitar com os interesses do desenvolvimento do futebol brasileiro? E o governo, através do Ministério do Esporte, será que não poderia ajudar na formulação de uma política esportiva mais atuante para o país?
PAULO ANDRÉ, ZAGUEIRO DO CORINTHIANS, EM SEU BLOG POSTOU UMA MATÉRIA INTERESSANTÍSSIMA SOBRE O ASSUNTO. E UMA DAS PASSAGENS QUE ME CHAMOU ATENÇÃO, ELE DIZIA.
Se não houver uma mudança cultural e de reorganização do calendário, das competições, da formação das equipes de base pensando sempre no longo prazo e no futuro do futebol brasileiro, acredito que os clubes grandes deveriam mudar suas estratégias (assim como fazem Manchester, Real Madrid, etc...) e pensarem como empresa, diminuindo o risco e otimizando o lucro. Ou seja, na atual conjuntura, a melhor decisão, financeiramente falando, seria contratar cinco revelações por ano ao preço de 3 milhões de reais cada, ao invés de gastar 15 milhões de reais para manter 240 pessoas treinando. É mais seguro contratar cinco jovens talentos (de 21 ou 22 anos) de clubes pequenos/médios que comprovadamente atuaram em um bom nível profissional na última temporada do que tentar revelar um fenômeno ou cinco bons atletas por ano. A cada transição de categoria, jogadores ficam pelo caminho enquanto novos atletas surgem para ocupar o lugar daqueles que não conseguiram prosseguir. Ao final do processo, quantos meninos, de fato, chegarão ao time de cima? Quantos serão profissionais em outros clubes?
Segundo Paulo Vinícius Coelho, comentarista dos canais ESPN, o maior problema da base no futebol nacional é a falta de empenho na criação de um grande atleta. Para o jornalista, essa instituição do esporte procura mais formar um bom time do que especificamente um jogador.
“Uma coisa que acontece hoje é que está sendo trabalhado na base o time, e não o jogador tecnicamente. Esse é o maior pecado da base no Brasil hoje: você forma bons times e não bons jogadores, esse é o maior problema”, disse PVC.
“Uma coisa que acontece hoje é que está sendo trabalhado na base o time, e não o jogador tecnicamente. Esse é o maior pecado da base no Brasil hoje: você forma bons times e não bons jogadores, esse é o maior problema”, disse PVC.
E hoje um garoto foi tentar a sorte na peneira no clube Vasco da Gama e teve seu sonho interrompido por falta de estrutura e por negligência dos madalhões do futebol.
A ESPN publicou a matéria no seu site e foi por lá que fiquei sabendo e achei um absurdo. Veja a matéria.
Um garoto de 14 anos das categorias de base do Vasco morreu durante um treinamento na manhã desta quinta-feira, no CT de Itaguaí. Segundo o portal SuperVasco, o garoto Wendel, teria passado mal por causa do forte calor e, sem que houvesse médicos do clube no local para socorrê-lo, acabou falecendo.
O garoto teria sofrido uma convulsão durante o treino da equipe de base do Vasco, que acontecia sob um calor bastante intenso no CT de Itaguaí, e não teria resistido. Não há confirmações a respeito da causa exata da morte.
A vítima era de São João de Nepomuceno (MG) e estaria em fase de testes no clube. Ainda segundo o portal SuperVasco, Wendel não teria se alimentado nem na noite desta quarta nem hoje pela manhã antes do início dos treinos.
O garoto teria sofrido uma convulsão durante o treino da equipe de base do Vasco, que acontecia sob um calor bastante intenso no CT de Itaguaí, e não teria resistido. Não há confirmações a respeito da causa exata da morte.
A vítima era de São João de Nepomuceno (MG) e estaria em fase de testes no clube. Ainda segundo o portal SuperVasco, Wendel não teria se alimentado nem na noite desta quarta nem hoje pela manhã antes do início dos treinos.
O Vasco mantinha uma parceria com Pedro Vicençote, dono do CT de Itaguaí, para poder usar o local para as categorias de base - o clube cruz-maltino tem um projeto para construir um Centro de Treinamento, mas, enquanto isso, trabalha os jovens jogadores em Itaguaí. Pedro ficava com 10% dos atletas como forma de pagamento pelo uso das instalações, mas o Vasco já estava tentando alterar o contrato para conseguir alugar o local e não ficar mais "refém" do empresário.
È ou não é um descaso? E ainda temos a petulância de sediar uma copa do mundo e falar de legado. Me poupe viu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário